Faene lançará MBA em Engenharia Ferroviária

Um curso dividido em módulos mensais com carga horária perfeitamente encaixável na agenda de quem trabalha e pretende se capacitar. Essa é a proposta do MBA em Engenharia Ferroviária a ser oferecido na Faculdade de Negócios Faene, sob a coordenação do professor Vitor Constantino Paz, engenheiro eletricista pós-graduado em Engenharia Ferroviária e Projetos. As aulas devem começar no fim do mês de maio. Nesta entrevista, o professor detalha a proposta da pós-graduação e fala um pouco sobre o mercado para os profissionais da área.  

Como surgiu o convite para coordenar o MBA em Engenharia Ferroviária? 

Vitor Paz - Conheci o professor Ricardo Carreira, diretor da Faculdade de Negócios Faene, por intermédio de um amigo em comum com quem comentei sobre o interesse de contribuir para elevar o nível educacional nessa área no Maranhão. Eu já havia apresentado o projeto a outras instituições de ensino. No entanto, a que melhor acolheu a iniciativa foi a Faene. 

Qual o público-alvo? 

Vitor Paz – O curso é direcionado a recém graduados em Engenharia que desejam atuar no segmento ferroviário e empregados da indústria ferroviária que tenham interesse em adquirir conhecimentos teóricos e práticos para o próprio autodesenvolvimento na carreira.

Qual o diferencial desse curso? 

Vitor Paz - Os cursos da Faene têm uma aplicabilidade interessante tanto para o mundo técnico quanto em termos de gestão. E com nossa grade curricular, conseguimos construir uma boa intercessão entre esses dois conjuntos de disciplinas. 

Dê exemplos de assuntos a serem abordados no curso? 

Vitor Paz - Projeto e construção de uma ferrovia; engenharia de manutenção; operação ferroviária; planejamento de transporte; ferrovia e meio ambiente, ESG e muito mais.

Quais as principais funções desempenhadas pelo profissional dessa área? 

Vitor Paz - De projeto a manutenção passando também por posições de operação, o profissional estará capacitado para qualquer atividade no âmbito de gestão, planejamento e estratégia de negócio, engenharia, operação e manutenção no segmento ferroviário.

Há carência desses profissionais no Maranhão? 

Vitor Paz – Sim. Além disso, é muito difícil para as empresas do segmento que atuam no estado contratarem profissionais com a base de conteúdo sólida sem conhecerem antes todo o processo de gestão de uma ferrovia.

Como está o cenário ferroviário no Maranhão e no Brasil? 

Vitor Paz - Com o marco regulatório das ferrovias modificado em 2020, o mercado ferroviário ficou repleto de oportunidades, como a possibilidade de construção de mais ferrovias pela iniciativa privada, gerando uma grande necessidade de novos profissionais tanto para projeto e execução como para operação e manutenção. Um exemplo claro e próximo da nossa região foi a liberação de concessão para construção dos 360 km de ferrovia que ligará o Porto do Itaqui ao novo Porto de Alcântara, ambos concedidos à empresa Grão Pará.

Quais suas considerações finais? 

Vitor Paz - Uma oportunidade significativa para o profissional que deseja se capacitar e aproveitar os últimos movimentos do segmento industrial ferroviário, que tem se mostrado promissor no curto e médio prazo no nosso país, tanto para o mercado de trabalho como para oportunidades de empreendedorismo.