É preciso compreender as transformações e se adaptar

Como foi o ano de 2022 para a Faene?

Ricardo Carreira – Foi um ano de muita adaptação, uma vez que vivemos um momento de transformação em diversas áreas do conhecimento. Por essa razão, precisamos trabalhar, a partir de agora, com cursos que serão muito mais requisitados pelo mercado. Os profissionais precisam de uma formação direcionada aos novos modelos. Ou seja, é preciso compreender essas transformações e se adaptar.

Que áreas abraçadas pela instituição se destacaram mais no ano que se encerra?

Ricardo Carreira – Sem dúvida alguma, foram os cursos voltados para as áreas de Gestão de Pessoas e Inovação. É que, atualmente, busca-se cada vez mais modelos inovadores para se desenvolver ações que transformem as organizações a fim de que elas estejam em um processo constante de mudanças e adaptações. Na área técnica, destacamos o curso de Qualidade e Produtividade, pois se fala muito em performance, ou seja, as empresas buscam melhores resultados a custos menores. Há, ainda, o Curso de Projetos, pois qualquer ação dentro de qualquer tipo de organização precisa de um escopo, com todos aqueles detalhes importantes. Nós temos, também, o Curso de Engenharia de Manutenção, uma vez que houve um enfraquecimento dessa área em 2020 e 2021, mas a parte industrial voltou a crescer em 2022. Por fim, destacamos Logística, que é uma área fantástica, em especial o Curso de Logística de Suprimentos e o de Logística Portuária.

Há previsão de novos cursos na grade da instituição em 2023?

Ricardo Carreira – Sim, há. Nós estamos prospectando cursos nas áreas de Liderança e Performance, pois a grande aposta para 2023 será agregar a experiência do cliente, performance e atendimento para consolidar as vendas. A Faene deverá formar especialistas em gestão de clientes.

O que já está definido para a programação de aniversário da instituição em 2023, quando a Faene completa 20 anos de história?

Ricardo Carreira – Nós estamos muito animados com 2023, pois será um ano muito especial para a Faene. Nossas duas décadas de trabalho na área da Educação serão marcadas por uma vasta programação incluindo um documentário. As comemorações terão início no mês de março. Nós teremos, por exemplo, uma campanha institucional e alguns eventos a serem encerrados no mês de dezembro com um momento festivo e premiação para 20 empresas ou pessoas que estiveram conosco ao longo desses anos, entre alunos, parceiros e professores.

Há algum plano de expansão para os próximos anos?

Ricardo Carreira – Uma de nossas metas é consolidar nossa plataforma on-line. Este ano, transmitimos aulas até para alunos que estavam fora do Brasil, os quais participaram via satélite pelas ferramentas do Google. Estamos investindo bastante em tecnologia para integrar o ensino presencial com o on-line.

Qual a expectativa da instituição com relação ao futuro da educação no novo governo Lula?

Ricardo Carreira – A educação sempre foi prioridade nos governos do Partido dos Trabalhadores (PT). Logo, esperamos que o ensino superior ganhe uma atenção especial e que sejamos beneficiados com as parcerias que possam surgir. Estamos abertos a receber projetos governamentais. Há, inclusive, expectativa de o FIES (Financiamento Estudantil) ser ampliado para beneficiar a área da pós-graduação.

Quais suas considerações finais?

Ricardo Carreira – Imaginamos que mesmo com todas as incertezas precisamos ter muita força e ir à luta, buscar conhecimento e se dedicar àquilo que fazemos. Na dificuldade, precisamos ter foco e ser resilientes, pois 2023 não será fácil, mas boa parte das experiências de 2022 poderá ser melhor trabalhada. Esperamos que as coisas fluam melhor. Estaremos sempre ao lado dos nossos alunos para ajudá-los de todas as formas possíveis para que eles consigam seus espaços no mercado de trabalho e contribuam para o desenvolvimento do Maranhão e do Brasil